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Foto do escritor@paespelomundo

A moda das Olimpíadas e a imagem do Turismo de um país

O que a moda, a gastronomia e o próprio turismo têm a ver com isso?


tres modelos mongois com uniorme olimpico
Mongólia Team foto: reprodução instagram @mongoliannoc

As vezes é preciso lembrar o que é turismo para quem tem a oportunidade de fazer o turismo acontecer. A maior chance de um destino para seu crescimento é a visibilidade, que tradicionalmente vem com muito esforço e investimento em promoção turística. Estar nas Olímpiadas é uma grande janela de oportunidades para atrair turistas internacionais. O que a moda, a gastronomia e o próprio turismo têm a ver com isso?


No país da moda internacional, onde as maiores casa de luxo inspiram o mundo sobre as novidades em cores, volumes, texturas, logos, influência que reverbera na gastronomia de alto padrão, na indústria automobilística, na arquitetura, ter a oportunidade de aparecer neste catwalk, nesta passarela, é um momento para ser aproveitado em todos os detalhes, em cada minuto, dentro e fora das quadras.


O incômodo que a roupa de apresentação dos atletas na abertura dos jogos causou mostra a preocupação com nossa imagem no exterior, e no caso mostrou um país apático, longe da criatividade que o mundo espera, que o mundo reconhece como sendo própria do Brasil.


O bordado nas costas da jaqueta jeans, fast-fashion, enaltecido como feito por bordadeiras do nordeste não representam o próprio nordeste. O lindo bordado desfilou sozinho, numa caricatura retrógada do que é Brasil. Lembrou as camisetas coloridas e que estampavam apenas uma face do que é esse enorme país que a BeeBrazil vendia nos aeroportos de norte a sul. O Nordeste é muito mais. Tem tecnologia na Paraíba sendo exportada para a Suécia. Tem rendas de regiões ribeirinhas do São Francisco sendo vendidas em lojas de luxo nos Estados Unidos.


atletas no barco da comitiva dos EUA
Rauph Lauren foto reprodução instagram

A moda, o esporte, a gastronomia trazem visibilidade para um país, e o turismo vive de ser visto e atrair. Como está acontecendo com o Brasil da Embratur na nova gestão Freixo, que está batendo recordes de turistas internacionais em números pela primeira vez vistos no Brasil. A Embratur trouxe uma roupa jovem para um país repleto de curiosidades. A flagship que faz uma imersão no imaginário brasileiro vem ganhando o mundo e foi uma das mais interessantes atuações criativas de baixo custo e alto impacto que já vi sobre o Brasil pelo mundo.


Na gastronomia, o trabalho que chefs de cozinha vêm fazendo ao conquistar prêmios internacionais, como Janaina Torres, Manu Buffara, Roberta Sudbrack, entre outras tem atraído turismo. Sem falar no mais recente reconhecimento que o restaurante Origem, de Salvador, dos chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, ganhou ao estar entre os 100 melhores lugares para se conhecer no mundo – lista da revista TIME. Essa é uma visibilidade única, importantíssima para o turismo.


Temos que aproximar cada vez mais as ações que reverberam o nome do Brasil, principalmente no exterior, afinal o turismo é o início e o fim de toda ação, de toda promoção. Foi assim também com o retorno do Guia Michelin, as Olimpíadas do Rio, a COP-30, entre outros grandes e importantes eventos.


Que estejamos preparados e bem-vestidos para as próximas iniciativas. Afinal, o mundo deseja conhecer o Brasil sem caricaturas, sem obviedades. Precisamos apresentar o Brasil da boa gastronomia, dos talentos tecnológicos, da miscigenação, dos povos originários, das várias cores, da democracia, que acredita na ciência e na moda. É sobre ser atual, e ser visto como tal. É isso.

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