Boa parte destes empregos estão concentrados nas empresas mais estruturadas, que têm no Perse, o programa de recuperação fiscal, um importante ponto de apoio neste momento.
A alimentação fora do lar esteve entre os setores que mais contrataram em 2023, com a criação de mais de 170 mil empregos novos durante o ano. O setor teve uma taxa de aumento de 3,3%, muito acima da média nacional de 0,9%, de acordo com dados recentes da PNAD contínua.
Com um total de cerca de 5,5 milhões de pessoas atualmente empregadas no setor segundo a PNAD (que avalia o setor de alojamento e alimentação, no qual bares e restaurantes perfazem 95% do volume de empregos, segundo a Abrasel), estamos nos aproximando do recorde estabelecido em 2029, quando havia 5,8 milhões de trabalhadores.
“O saldo no ano é muito positivo, com melhora dos índices e mais gente com poder de compra, o que se reflete nos bares e restaurantes. Foi um ano ainda de recuperação, mas isso já se refletiu nos empregos, prova de que os empresários estão confiantes", diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
"É um dos setores que mais emprega no Brasil e precisa de atenção para não perder esse embalo da retomada. Ainda temos quase um quinto das empresas trabalhando com prejuízo, segundo a nossa última pesquisa feita em janeiro”, continua.
"Boa parte destes empregos estão concentrados nas empresas mais estruturadas, que têm no Perse, o programa de recuperação fiscal, um importante ponto de apoio neste momento. Por isso é preciso sensibilidade para preservar o programa e, por consequência, os empregos”, completa.
O otimismo no setor é ainda mais reforçado pelo aumento dos empregos em carteira, medidos pelo Caged, com um crescimento de 5,89% no ano (índice também acima da média do país, que foi de 3,5%), resultando em um saldo positivo de 72 mil empregos adicionais em bares e restaurantes. Segundo os dados do Caged, mais de 1,3 milhões de pessoas estão atualmente empregadas com carteira assinada no setor.
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